Abominável e deprimente os esquemas de corrupção que “CERCAM”
as nossas principais autoridades do poder político e financeiro
brasileiro (mensalão, lava jato, zelotes ...). Faltam palavras para
tamanha decepção e indignação, apesar da criatividade semântica
do povo brasileiro. FALTA TAMBÉM DISCUTIR COLETIVAMENTE DE FORMA
RACIONAL AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DESTA CRISE ÉTICA, POLÍTICA
E DE LIDERANÇA.
Antes de prosseguir, PAUSA para esclarecimentos em respeito ao
levante participativo do povo brasileiro na era das redes sociais.
ESTAMOS NUM MOMENTO DE TRANSIÇÃO PERIGOSO!. Vide debates calorosos
nos meios digitais, movimentos sociais antagônicos e sinalizações
de intervenção militar com apoio de 43,1% dos brasileiros (Paraná
Pesquisas, 2017).
ESCLARECIMENTOS: NÃO pertenço a nenhum partido político. NÃO
tenho compromisso com nenhuma agenda ideológica ou religiosa. Apenas
sou um mero componente de uma sociedade multicultural, participe
deste processo de aprendizado advindo do choque das diferenças
acentuadas nestes momento de transição. Assim como vocês quero
viver num Brasil livre, justo, feliz, desenvolvido, sem pobreza e com
menos desigualdade.
ESTE PAÍS SÓ É POSSÍVEL COM A PARTICIPAÇÃO DOS SEUS 208 MILHÕES
DE HABITANTES (IBGE, 29/09/2017). E para que todos possam contribuir
temos que criar condições para tal: RESPEITO AS DIFERENÇAS. Estas
condições precisam ser criadas por PESSOAS CAPAZES DE
INTERMEDIAR NECESSIDADES, interesses, direitos. Estas pessoas são
os LÍDERES. As maiores contribuições, não as únicas, vem dos que
possuem alcance nacional: presidente, governadores, senadores,
deputados, ministros da corte, procuradores da república e grandes
empresários que dominam a maior fatia da geração de emprego e
renda no Brasil. Será que estas pessoas estão em condição de UNIR
O PAÍS OU DE DIVIDIR?
Liderar é conduzir (influenciar para alguns) uma coletividade de
pessoas (cidadãos, funcionários) a conseguir resultados
sustentáveis e que traga benefícios para a organização (empresa,
instituições públicas), seus dirigentes, funcionários ou
servidores e até mesmo para sociedade. NÃO TEM COMO CONSEGUIR
RESULTADOS SE NÃO FOR ATRAVÉS DAS PESSOAS. Resultados de 100% dos
trabalhadores que compõem aquela organização, caso contrário tem
espaço para evoluir. Se for Brasil 208 milhões. E NÃO ADIANTA
OBRIGAR AS PESSOAS, ELAS TEM QUE ADERIR DE CORPO E ALMA, PARA ISTO
PRECISAM SER CONQUISTADAS, RESPEITADAS. As nações mais ricas e
desenvolvidas do mundo são as que mais se aproximam do conceito
de DEMOCRACIA; da participação com qualidade de todos nos
resultados da nação.
NO “BRASIL CRIANÇA” TEMOS HERÓIS E DIVINDADES para
conseguir os nossos sonhos de riqueza, justiça, felicidade e
liberdade (Vale a pena ler editorial do Estadão O Altar da Salvação Nacional).
Os resultados “são” de alguns heróis que se vestem de
políticos, jogador de futebol, playboy bilionário, lutador,
comandante, coronel, juiz, procurador, pastor ou padre, cantor,
jornalista, ator e etc. A maior alegria para maior parte dos
brasileiros é ver a seleção de futebol campeã do mundo. A maior
tristeza foi o 7 a 1 tomado da Alemanha em plena Copa do Mundo
realizada no Brasil. ESTAMOS VIVENDO A MAIOR CRISE ÉTICA DA NOSSA
HISTÓRIA E BOA PARTE DA SOCIEDADE AINDA CONTINUA PROCURANDO POR
HERÓIS, a exemplo: apoio a intervenção militar já citado no
início deste artigo e os líderes na corrida presidencial segundo
pesquisas de intenção de votos; pseudos heróis independente de
partidos ou ideologias. HERÓIS NÃO SÃO LÍDERES. Heróis
RETIRAM O PODER das pessoas num jogo de dependência.
LÍDER PROMOVE O PODER NAS PESSOAS. Não porque é bonzinho ou um
líder liberal ou democrático. Mas porque somente com O MÁXIMO
PODER DE CADA UM, CHEGA-SE AO MÁXIMO DE RESULTADO POSSÍVEL e
sustentável. POLÍTICO que diz “vou fazer e acontecer” É UM
FANFARRÃO!! São os 208 milhões de brasileiros que podem e devem
tirar o Brasil do subdesenvolvimento tecnológico, científico,
financeiro e ético. 208 milhões de saberes e habilidades
diferentes, bem como valores, ideologias, orientações sexuais,
raça, credo ou “não credo”, partido político, time de futebol.
Não podemos nos dar ao luxo de perder nenhum deles, DEVEMOS INCLUIR
TODOS NO PROJETO BRASIL.
Projeto de um país construído coletivamente. Os líderes, quanto
mais melhor, devem intermediar e promover esta construção. Os
partidos políticos deveriam ser um espaço para esta construção
(alguém me acorde!!!). Soma-se as instituições de ensino (escolas,
faculdades) e “ongs”. O COLETIVO era discutido em praça pública
na Grécia Antiga, época em que este país foi uma potência
imperialista. No Brasil da ditadura discutir o coletivo com
pluralidade era condenação a morte, talvez derive daí o
desinteresse e por consequência despreparo da grande maioria dos
brasileiros sobre assuntos que vão além do próprio umbigo.
Vive-se um momento de euforia em participação social no Brasil.
Graças a tecnologia, aumento de renda e escolaridade do povo
brasileiro, principalmente os mais jovens. EUFORIA NÃO SIGNIFICA
PREPARO PARA PARTICIPAÇÃO, MAS VONTADE. E este é o primeiro
passo necessário. “Imposto é roubo? Se alguém que lhe pede
que entregue seu dinheiro e você não pode recusar sob a ameaça de
ser punido não for ladrão, eu realmente não sei mais o que é
roubo.” (Movimento Brasil Livre, 2017). Mas se não evoluirmos
rapidamente para qualificação destas participações, corre-se o
risco de grandes desconfortos e decepções acontecer no seio do
levante participativo brasileiro. Por consequência, mais uma geração
com desinteresse pelo coletivo irá surgir, assim como a geração da
ditadura.
A qualificação dos debates é urgente e deve começar pelos
líderes. QUALIFICAÇÃO QUE COMEÇA PELO PRINCÍPIO DA PLURALIDADE.
Os líderes devem estar preparados para discutir todos os assuntos
e abordar cada um deles sob diferentes conceitos e possibilidades.
Quando procuramos conteúdo escrito ou áudio de debates dos
candidatos aos principais cargos do país nos decepcionamos com a
abordagem superficial e restrita a determinados assuntos. Para cargos
no legislativo não tem muitos prejuízos a falta de conhecimento
plural, mas presidente, governadores e prefeitos tomam decisões que
envolvem todos os assuntos. Por mais que tenham assessores, estes são
seus liderados e precisam do seu direcionamento e cobrança (ver
ilustração que estampa este artigo).
Pluralidade que passa pela construção de um modelo econômico e
comportamental para o país. Aqui entra concepções predefinidas
como esquerda, direita, centro. Será que elas dão conta de
construirmos o Brasil livre, justo, feliz, desenvolvido, sem pobreza
e com menos desigualdade que queremos?
Dividir o país entre esquerda e direita NÃO É QUALIFICAR O DEBATE
e muito menos ser plural. A muito sabemos pelas ciências que
individualidade - liberdade (Direita nos temas econômicos,
Esquerda nos temas comportamentais) e coletividade - controle
(Esquerda nos temas econômicos, Direita nos temas comportamentais)
SÃO PRINCÍPIOS COMPLEMENTARES. Ou seja, as duas concepções
coexistem e o melhor resultado é uma questão de dosagem aplicada ao
contexto. Nem o capitalismo (Direita) que prega a liberdade nos temas
econômicos, nem a defesa das minorias (Esquerda) que prega a
liberdade na orientação sexual SÃO MANIFESTAÇÕES DO “MAL”
como pregam os seus opositores. Ambas posições pregam a liberdade e
ambas podem ser dosadas por necessidades e desejos coletivos. No
Brasil temos apenas 10% de pessoas com perfil de Direita e 10% de
Esquerda. A GRANDE MAIORIA, 80%, SÃO CENTRO: centro esquerda
com 31%, centro direita com 30% e centro 20% (Datafolha, 2017. Existe
um erro na fonte de 1%). O Brasil ainda é um país plural.
SOMOS PLURAL, MAS ERRAMOS NA DOSAGEM: falta de direção posta no
título deste artigo. Erramos na quantidade e qualidade das leis,
serviços públicos, impostos, matriz econômica, empresas. Erramos
na quantidade e qualidade dos nossos representantes. Não se trata de
“todo político é corrupto”, ter ou não ter tal política
pública, cobrar ou não cobrar imposto, ter ou não “empresa
campeã nacional”. Mas de discutir com especificidade e pluralidade
cada assunto.
Erramos porque em pleno 2017 temos 19,8 milhões de pobres
com renda per capita de até R$ 140,00 (Banco Mundial, 2017), 13,1
milhões de desempregados (IBGE, 2017), 3 anos de recessão
econômica, mais 59.627 pessoas que perderam a vida em 2014 por
homicídio: maior do mundo. Vamos ao contraste (“ufa! Enfim boa
notícia): somos o SEGUNDO MAIOR PRODUTOR MUNDIAL DE ALIMENTOS: 288
milhões de toneladas de grãos a ser produzido em 2017 (previsão do
Ministério da Agricultura), aproximadamente 24 milhões de tonelada
de carne bovina, suína e de frango em 2015 (Governo do Paraná),
além de outros alimentos. Somos a maior reserva de água doce do
mundo: 12% (O Globo, 2017). Segundo Ministério do Meio Ambiente
somos a MAIOR BIODIVERSIDADE DO PLANETA (Biodiversidade Brasileira,
2002): possuímos de 15 a 20% das espécies de vida, 55 mil plantas,
524 mamíferos, 1677 aves, 517 anfíbios e 2657 peixes. Pasmem temos
21.161.659 empresas ativas (Empresometro, 2017): MAIS DE 10% DOS
BRASILEIROS SÃO EMPRESÁRIOS; para desespero dos que odeiam o
capitalismo. Deveríamos ser o país mais rico e feliz do mundo.
RESULTADOS SE ALCANÇAM COM COMPETÊNCIA E ÉTICA, que pese
interferências externas. Não apenas ética, como querem os
defensores do judicialismo e da intervenção militar. Sem
discutir a “santidade” do exército e do judiciário, retirando
destes juízo de valor sobre competência, afinal suas competências
é interpretação e garantia da lei de um lado, defesa da pátria a
ataques externos do outro. Nem Judiciário e nem Exercito são
GESTORES públicos eleitos democraticamente para representar a
pluralidade dos 208 milhões de brasileiros. Muito menos apenas
competência, como querem os defensores do “rouba, mas faz”,
vide 200 bilhões de reais desviados para o ralo da corrupção por
ano segundo Deltan Dallagnol (Estadão, 2017).
COMPETÊNCIA PARA DIRIGIR, ORGANIZAR, PLANEJAR E CONTROLAR ESTE PAÍS.
Começa pelo diagnóstico preciso e plural de quem somos e o que
temos. Passa pela capacidade de encontrar soluções para eliminar ou
reduzir os problemas e potencializar os nossos pontos fortes.
Propostas estas alinhadas com o diagnóstico. Alguns vão falar:
“cartilha do planejamento estratégico”: sim, mas o problema é a
aplicação desta teoria. Quantos planos públicos ou planos de
governos possuem propostas surreais, que produzem efeito até
contraditório ao esperado? No Brasil, planeja-se para cumprir
etiqueta ou obrigação (vide artigo deste autor com detalhes no
portal administradores
Falácias da Gestão Pública).
Não menos importante se faz a capacidade dos nossos líderes em
dirigir, organizar e controlar a execução dos planos.
PRECISAMOS ABRIR A CAIXA PRETA CHAMADA BRASIL. Vai ser desconforto
para todos os lados. Não tem como construirmos coletivamente nossos
sonhos se não sabemos exatamente o que acontece nas nossas
instituições. Porque a nossa taxa de juros é uma das mais altas do
mundo, mesmo com a inflação controlada e baixa? Quanto de
investimento produtivo para gerar emprego e renda teríamos se
abaixássemos a taxa de juros? Será que uma boa parte dos
investidores em título do governo que recebem 8,25% por ano (taxa
Selic) não investiria este dinheiro na abertura ou compra de
empresas se esta taxa caísse consideravelmente? Para onde
queremos que o dinheiro poupado por brasileiros e estrangeiros seja
direcionado: investimentos financeiros (dentre eles cobrir rombo
orçamentário de governo), empresas ou imóveis? As pessoas em
geral não sabem que a Taxa Básica de Juros, somada a outras
variáveis econômicas, influencia na geração de emprego e renda.
Não sabem que a maior parte das maiores empresas brasileiras não
dão o retorno de 8,25% ao ano.
Taxa Básica de Juros é apenas um de muitos temas que precisam ser
discutidos pelos líderes brasileiros juntamente com a população
para avançarmos em propostas que tragam mais trabalho e renda. Foi
inclusive preterido em relação a reforma trabalhista, não que esta
não merecia acontecer. Perpassa neste tocante redução do custo
brasil, aumento da produtividade, melhoras no sistema educacional,
eficácia da diplomacia brasileira frente a abertura de mercados
internacionais e “mix” de empresas.
AS NOSSAS MAIORES EMPRESAS VENDEM “PRODUTOS CONSERVADORES”.
Petróleo, ferro e serviços financeiros são os produtos que dominam
grande parte do pib brasileiro e da geração de emprego (Exame, 500
maiores empresas em receita). Não esqueçam que esta crise se
aprofundou quando a lava jato abalou a Petrobras. O SONHO DO PETRÓLEO
LEVOU O ESTADO DO RIO DE JANEIRO A QUASE FALÊNCIA. Quem são e
qual o futuro dos produtos que as nossas maiores empresas vendem
significa muito sobre o futuro da nossa economia e do mercado de
trabalho. Com tanto investimento em refinarias pelo Brasil afora
estamos preparados para invasão dos carros elétricos? É viável a
Petrobras daqui a 30 anos se não existir reserva legal de mercado?
China, Inglaterra e França já estabeleceram um fim para era dos
carros movidos a gasolina e diesel. Acredito que nossos líderes
nacionais precisam repensar o mix das grandes empresas “campeãs
nacionais”. NO PARANÁ AS MAIORES SÃO COOPERATIVAS
AGROINDUSTRIAIS. Cooperativismo aproxima individualidade e
coletividade (duas concepções de organizar a sociedade
antagônicas). Os milhares de trabalhadores são donos do capital e
recebem participações nos lucros, vide Coamo.
Temos milhões de pessoas com condições de participar ativamente
dos rumos para o Brasil. Pessoas que estão envolvidas nas suas
especificidades do trabalho e não conseguem parar para propor e
articular soluções. Outros não querem se envolver com política ou
com espaços coletivos de debate. Esquecem que vivemos em sociedade e
querendo ou não todos somos influenciados pelas decisões dos
pseudos heróis que há muito conhecemos. Somente com a participação
de todos, ATRAVÉS DE UM PACTO SOCIAL, QUASE QUE UM REFUNDAR A
REPÚBLICA, CONSEQUIREMOS TIRAR O BRASIL DESSA CRISE SEM PRECEDENTES.
FONTES:
http://www.paranapesquisas.com.br/wp-content/uploads/2017/09/Regime-Militar-M%C3%ADdia.pdf
https://comunidade.mbl.org.br/t/imposto-e-roubo/51
http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2017/07/1898056-ideias-afinadas-com-esquerda-voltam-a-empatar-com-pensamento-de-direita.shtml
https://nacoesunidas.org/numero-de-pobres-no-brasil-tera-aumento-de-no-minimo-25-milhoes-em-2017-aponta-banco-mundial/
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/17005-pnad-continua-taxa-de-desocupacao-e-de-12-6-no-trimestre-encerrado-em-agosto.html
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=88323
http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/biodivbr.pdf
https://www.empresometro.com.br/
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/corrupcao-desvia-r-200-bi-por-ano-no-brasil-diz-coordenador-da-lava-jato/
https://exame.abril.com.br/revista-exame/500-maiores-empresas/
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